De um lado do ringue, os sayajin de Dragon Ball, e do outro, as sailors de Sailor Moon. Aliado aos sayajin, temos os piratas de One Piece, os shimigami de Bleach e os samurais de Samurai X. Já do lado das sailors, temos a Card Captor, Sakura, as guerreiras de Pretty Cure e as gatinhas de Tokyo Mew Mew.
Está declarada a guerra dos sexos no mundo dos animes! Brincadeiras a parte, a coluna Por Dentro do Assunto traz dois gêneros de animes e mangás que, de longe, são os mais queridos. Protejam as canelas, porque a porrada inter-animada vai começar!
Quem é macho assiste Shonen
Lutas de tirar o fôlego, sangue, decaptação, orgulho, honra, esportes, conflitos físicos e psicológicos: esses são os principais temas e adjetivos que se encaixam nos shōnen. Os shōnen são, sabidamente, uma grande potência quando os assuntos são sucesso e venda de produtos. Um a zero pros rapazes. Os sucessos ou as tais "modinhas" sempre vêm de alguma produção cujo gênero é shonen. Os Cavaleiro do Zodíaco, Dragon Ball, Yu Yu Hakusho e Naruto foram e são modinhas.
Por meio da internet, logo um shonen de sucesso no Japão fica conhecido pelo mundo e os fãs compram tudo que tem a cara dos personagens. Mesmo quem não gosta de animes de luta deve admitir que, graças a Os Cavaleiros do Zodíaco e Dragon Ball no Brasil, foram exibidos mais animes e vendidos mais mangás. Apesar de os shonen citados dependerem de porrada, nem todos são farinha do mesmo saco. São exemplos de sucessos que não se apoiam em luta Fullmetal Alchemist e Death Note.
Os dois lados da moeda
Os mangás (mais frequentemente, os shonen) viram animes quando vendem bem e estão na sua melhor fase. Mangás costumam demorar anos para terminar, enquanto os animes se encerram em bem menos tempo. Quando os eventos do anime alcançam os do mangá, são criadas os tão odiados fillers, sequências de episódios criados só pra "encher" a história e lucrar com jogos, OVAs, filmes, live actions e brinquedos, além dos DVDs com episódios a mais. Isso traz aos shōnen a fama de serem longos.
Quanto mais capitulos no mangá, mais fillers tem o anime. Muitas vezes por pressão, os autores perdem o ritmo e os numerosos episódios tornam-se chatos. Obviamente, muitos fãs se irritam com o rumo que animês longos demais levam.
Em Naruto, Kishimoto que anda se perdendo, e, em InuYasha, Rumiko Takahashi havia se perdido, encontrando-se novamente só após muitos anos. Muitas vezes o mangá se encerra anos depois da serie animada, deixando o anime sem final ou com a história seguindo outro rumo e com um final diferente do mangá. No entanto, há animes que seguiram depois da série de TV, como o Inuyasha Final Act e o OVA da fase final de Samurai X.
Outro ponto negativo dos shonen é quando um autor "bebe da fonte" do outro. Quem viu Yu Yu Hakushôsabe os desafios que Yusuke passou para ser sucessor da mestra Genkai: uma competição para medir habilidades e niveís espirituais, atravessar uma floresta cheia de desafios e lutar um contra o outro. Agora, vejamos os desafios do exame Chūnin do anime Naruto: uma prova onde os ninjas mediar habilidades de conseguir informações, atravessar uma floresta cheia de desafio e lutar um contra o outro!
Amor e Shoujo
Muitos pensam que os shoujo não passam de novelas animadas, mas trazem muito mais do que romances bobos e lágrimas de graça. Os shoujos carregam o fardo de serem consideradas produções de enredo fraco e de história pouco atrativa. Por isso, muitos deixam de assistir a essas produções, especialmente nos cosplays. Só pela arte e pelos traços, os shoujo já merecem ser vistos. Japoneses já são caprichosos; mulheres, então... Cenários de tirar o fôlego e roupas que geram moda.
Os shoujos acabam prendendo mais a atenção que os shonen. A cada capítulo, coisas sutis mudam o curso da história. No caso dos shonen, intermináveis lutas, como a dos sayajin contra, cansam e enjoam o espectador. Um ponto positivo para os shoujo são seus personagens, mais explorados no coração do que no físico. Os personagens dos shoujo se apaixonam, são imperfeitos e passam por conflitos psicológicos, como o das Guerreiras Mágicas de Rayearth, por terem matado a princesa Esmeralda.
Além disso, nos shoujo temos os romances mais impossíveis: Sakura acha que gosta de Yukito, porém Yukito gosta de Tōya, irmão da Sakura; além disso, Sakura descobre gostar de Shoran, que já tem como pretendente sua prima e colega de Sakura, Mei. Os shoujos, infelizmente, não viram febres como os shonen, principalmente no Brasil. O último shoujo de considerável sucesso foi Sakura Card Captors, no começo dos anos 2000.
Muitos otakus sofrem preconceito por gostarem do gênero oposto ao seu sexo. O fato de rapazes acompanharem shoujo e vice-versa mostra que tais fãs têm a "mente aberta" e busca outros tipos de histórias, gêneros e conceitos. De qualquer modo, é evidente a mistura de gêneros, com mais ou menos intensidade. No caso de Naruto, Hinata gosta do protagonista, que gosta de Sakura, que gosta de Sasuke, que não gosta de ninguém. Qualquer semelhança com os românticos shoujos não é mera coincidência.
E aí? Qual seu gênero preferido?
Até a próxima.
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quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010
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